quarta-feira, maio 30, 2007

Ali pertinho



Desta esplanada de Buarcos vejo um barco que não pode atracar.
Está identificado com o pavilhão holandês. Trata-se do  Women on Waves
Em terra algumas mulheres choram.
Badajoz fica longe.
Oiã é perto e tão longe das suas bolsas.
Para compor o ramalhete uma fragata provoca sorrisos em mafiosos e contrabandistas da droga.
Afinal a costa portuguesa está defendida.
O Aborto da Defesa discursa na TV todo ufano!
Nunca tinha reparado que o mar de Buarcos é tão lindo a esta hora.

História de Encantar IX


Era uma vez um gato que queria a gata.
Ele deu grandes miados e grandes saltos quando a conseguiu...
Passeava com ela para cima e para baixo, e como bom otário que era, não desconfiava que outros gatarrões a cobriam em qualquer telhado.
Ele dava-lhe tudo, desde jóias, roupas e perfumes.
Ela também lhe dava o que a gatada do bairro já estava fartinha de comer.

Mas o otário de nada sabia e lambuzava-se de prazer.
Enquanto ele gemia, ela fartava-se de simular orgasmos sem fim.
E com ar de felicidade perguntava-lhe:
-Amor, vamos fazer outra vez?
Ela sorria, e num ápice abria as pernas de modo a que ele pudesse novamente lambuzar.
Um dia...
Já cansada de tanta trepadela a gata resolveu engravidar.
Nem quis saber quem era o pai.Nem é tarde nem é cedo!
O otário servia que nem uma luva!
Mal o viu deu-lhe a novidade:
- Meu gatinho adorado. Vais ser papá meu amor...
A gata traçou logo ali planos futuros, a nova casa, o magnânimo jardim e os passeios com a prole naqueles campos relvados das redondezas.
O gatão nem queria acreditar no que ouvia !!
Era dia não para ele.Tava lixado.
Como dizer aquela gatinha que era casado, com uma ninhada em casa todos os dias à sua espera?
Encheu-se de coragem e contou-lhe tudo.Tim tim por tim tim.
Mas a gatinha não quis saber. Falou-lhe nos seus direitos e que ele teria de se explicar perante um juiz de direito.
Ele muito nervoso lá a convenceu a ir com ele a uma abortadora clandestina ali perto.
Foi com ela fazer um tratamento rapidinho.
Ela deixava assim de poder ter aqueles filhotes.
Ela aceitou de bom grado desde que ele continuasse a dar-lhe os mesmos presentes.
Ele acedeu.
Continua a comê-la no telhado e ela continua a fingir orgasmos.
São felizes.


Moral da história: Gato que mia quer carne

História de Encantar VIII



Andavam sempre juntos.
Gostavam ambos de apanhar aqueles raios de sol que iluminavam o campo trigueiro agora em pousio.
Por vezes subiam o afloramento que jazia à beira de um dos limites do terreno.
Uma vez lá, contemplavam ao longe a cidade.
Sabiam que tinham por lá uns familiares.Familiares que tinham emigrado para a grande cidade há muito tempo.
Era sonho deles deixarem o campo e irem ver a cidade.
Por vezes esgueiravam-se ao bloco granítico durante a noite.
Ali se quedavam trocando o cintilar das estrelas do céu, por aquelas luzes coloridas dos neons da cidade.
De mão dada faziam planos futuros.
Entre ais e suspiros trocavam amorosamente românticos beijos.
Certa noite decidiram que tinham de ir à cidade.
Tinham que pôr para trás, aquele receio de atravessar aquela auto-estrada barulhenta, que separava o campo da grande cidade.
O anseio, superou aquele medo medonho provocado por aqueles camiões e automóveis que circulavam naquela via rápida.
Resolveram que fariam a travessia pela manhã.
Um pouco depois do astro rei espreitar por trás do pinhal.
Aconchegaram-se um ao outro.
Por vezes um arrepio sulcava-lhes a espinha.
Não era do frio. Era aquele temor próprio de quem vai partir para a grande aventura.
Adormeceram. Um sono leve como seria de esperar.
Começou a nascer o dia.
Ele suavemente acordou-a com um leque de beijos na sua pequena cabecita.
Ergueram-se e rumaram ao seu sonho. A Cidade!
Chegados à berma da auto-estrada aperceberam-se que já havia demasiado movimento quer de um ou do outro lado da via.
Estremeceram. Mas já nada os podia fazer voltar atrás!
Aguardaram que não viesse nenhuma viatura para fazerem o primeiro lance da travessia.
O objectivo era chegar até ao separador da auto-estrada.
Ela, num impulso arrojado, larga a mão do seu companheiro e lança-se numa corrida frenética tentando alcançar o outro lado.
Porém não se apercebeu daquele auto-tanque que desabrido avançava em direcção a si.
O resfolgar daquela centenas de cavalos paralisou-a.
Aqueles rodados enormes aproximavam-se cada vez mais da cauda verde e sarapintada de bolinhas vermelhas e brancas, daquela jovem lagartixa.
O lagartixo, apercebeu-se que a sua amada ia ser triturada por aquela enorme máquina.
E num acto de louco amor, lançou-se em direcção à sua amada, puxando-a veementemente, salvando-a de perder a sua linda cauda sarapintada, quiçá, a própria vida.
Ela horrorizada viu o seu mais que tudo, ser decapitado por aquela roda negra gigante que por pouco não a ceifou.
Não podia ficar mais tempo ali.
Com dificuldade regressou ao seu lar no campo.
Sabe-se que morreu de velhice, sem nunca mais ter ido ver as luzes da cidade.
Olhava o céu à noite.Sabia que em alguma daquelas estrelinhas, estaria esperando por ela, o seu amado e corajoso lagartixo.

Moral da história: Por um bonito rabo muitas vezes se perde a cabeça

História de Encantar VII


Pelo pescoço acima, a raiva foi subindo até lhe turvar a visão.
Ficou tudo vermelho.
Pontapeou um balde que se desfez em dezenas de cacos de plástico.
Pegou no despertador irritante e esmigalhou-o de encontro à parede.
Deu urros, peidou-se e escarrou para o espelho.
Finalmente, tonto, caiu sentado no chão e ofegante.
Esteve ali uns minutos.
A pausa fê-lo recuperar a razão.
Tomou um banho frio, nas calmas, perfumou-se e vestiu-se.
Pegou na guitarra e foi para o bar.
Confraternizou com os companheiros, fumou umas coisas, bebeu várias cervejas e, quando o show começou, transmitiu toda a sua raiva para a guitarra.
Qual não foi sua surpresa quando ela se soltou das suas mãos, elevou-se no ar, e começou a espancar a sua cara impiedosamente, agitando-se no ar tal como um insecto gigante e descontrolado.
Por fim, ela levitou por mais alguns segundos e explodiu, vaporizando-se em pleno ar.
O público aplaudiu durante meia hora.
De pé.


Moral da história: O crack é demais!

História de Encantar VI





A lebre queixava-se continuamente de ser perseguida.
Achava que os outros a achavam chatinha e não havia modo de estar contente consigo própria. Desejava muito ter um pouco mais de bom senso :
- Todos os animais são sensatos ! Só eu é que continuo uma lerda! - dizia para si própria insistentemente.
Um dia, enquanto rezava, resolveu apresentar o seu problema a Deus, que todos sabiam que era tão bom.
Decidiu pedir-lhe ajuda:
- Meu Senhor, disse-lhe, todos os animais da floresta são sensatos, sábios, cheios de capacidades... Só eu é que não presto para nada. Só me apetece desaparecer de ao pé deles!! Não poderias dar-me um pouco de bom senso?
Para seu espanto, ouviu logo a voz de Deus que lhe respondeu:
- Está bem! Se é isso que tu queres, eu vou ajudar-te. Vai à sanzala e arranja uma abóbora grande; leva-a até ao cruzamento da floresta, faz-lhe um buraco e esconde-te lá dentro, de modo que ninguém te veja. Eu arranjarei modo de te dar o bom senso.
Toda a tremer de excitação, a lebre foi à sanzala, comprou uma abóbora e voltou a correr, indo colocá-la bem no meio do cruzamento. Só que, como achou que podia tornar-se perigoso ficar dentro da abóbora, resolveu não se esconder lá dentro, mas sim atrás de um arbusto que estava ali perto.
Esperou cerca de uma hora e eis que apareceram dois meninos, cada um deles com um pau.
Ao verem a abóbora, resolveram começar a dar-lhe cacetadas para ver quem a partia primeiro. Escusado será dizer que, num instante, a abóbora ficou feita em pedaços.
E os meninos seguiram o seu caminho.
A lebre ficou branca de pavor.
Voltou para casa e achou que já não ia rezar mais.
Mas o seu descontentamento era tanto que resolveu voltar a falar com Deus:
- Ó Senhor! - disse-lhe, muito zangada, - eu pensava que tu eras bom! Já viste o que me teria sucedido se me tivesse escondido dentro da abóbora?Como te atrevestes a pregar-me tamanha partida?
- Querida amiga! - respondeu-lhe Deus, sorrindo, se tu não fosses sensata terias morrido dentro da abóbora. Eu só quis mostrar-te que tu já tens toda a inteligência e sensatez de que necessitas.Não precisas de fugir para lado algum. Agora aprende a usá-las como deve ser.

Moral da história: Atrás de uma abóbora vêm sempre dois meninos com um pau.

terça-feira, maio 29, 2007

O vinho, pois claro !




 Foi comprovado cientificamente, que se bebermos mais de 1 litro de água por dia, durante um ano, no final desse ano teremos ingerido mais de um quilograma de coliformes fecais que estão diluídos na água, ou seja, 1 Kg de MERDA !
Já bebendo vinho, não corremos esse risco, uma vez que esses coliformes não sobrevivem ao processo de fermentação.
Assim sendo, peço a quem tenha lido esta informação, a sua divulgação a todos quantos bebem água, mostrando-lhes o quanto essa porra faz mal !
Pela minha parte está dado o alerta!
Não digam que não avisei !
Quem tiver consciência, vai chegar à conclusão de que é muito melhor beber vinho e dizer merdas, do que beber merda e não dizer nada !

segunda-feira, maio 28, 2007

Conversa da treta





DEUS - Vejo que continuas no teu diabólico afã de provocares escândalos com pedófilos e homossexuais.

DIABO - Com paneleiros, queres tu dizer?

DEUS - Ou isso... Mas evita dizer palavrões.

DIABO - Não tenho nada a ver com o caso. Com panascas não quero nada. Bem sabes que os detesto. Panascas e padres. E, se acumulam, entro em órbita.

DEUS - Então a quem se deve essa onda de pouca vergonha que assola Portugal?

DIABO - A ti, evidentemente! Tu é que criaste os paneleiros... ou homossexuais, como lhes chamas, já não falando nos pedófilos.

DEUS - Quando criei o Mundo, fiz o homem e a mulher, dando a cada um atributos bem definidos. Depois tu vieste e começaste a baralhar os sexos. Só para criares a confusão, como é teu costume...

DIABO - Deixa-te de atirar para cima de mim todos os males, pá॥ Bem sei que é cómodo para ti. Se uma coisa corre bem, é Deus. Se corre mal, é o Diabo. É uma falta de honestidade moral que nem parece tua.

DEUS - É assim que está estabelecido.

DIABO - Pois, convem-te... Aliás, neste sórdido caso, já era altura de fazeres o que fizeste com Sodoma e Gomorra: enxofre a arder para cima deles. Verias que perdiam a vontade de levar no cu e chupar os colhões à garotada. Mas talvez hoje já não tenhas tomates para fazer chover fogo...

DEUS - Tenho pensado nisso. É um bocado drástico...

DIABO - Se quiseres, ajudo. Trago umas pazadas de fogo do Inferno e queimo esses gajos todos.


DEUS - Queimados já eles estão, coitados...

DIABO - Coitados? Foda-se pá !Sempre essa hipócrita bondade!...

DEUS - Esperemos para ver. Talvez a justiça humana resolva o caso...

DIABO - Estás cota de todo caralho ! Não enxergas nada? Agora até o pedófilo mor Hugo Marçal, paneleiro confesso, já está no CEJ - Centro de Estudos Judiciais, a preparar-se para ser Juiz !
Quem vai ser julgado por um filho da puta destes?
Se a justiça dos homens for igual à justiça divina, fica tudo como dantes.
Uma merda!
Ainda vão ser presos os putos da Casa Pia ! É o que vai acontecer !
E o mauzão sou eu?
Foda-se !!!!

sábado, maio 26, 2007

A Caridadezinha




O novo estádio da cidade de AL-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado um dia destes.
O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação.
A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros (os Judeus ainda não os toparam )locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.

Em Portugal, já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão.
A seguir fechávamos a cidade Universitária e oferecíamos um complexo olímpico(também com estádio) à Somália.
E por último, como a caridadezinha deve começar sempre por nossa casa, fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos "políticos" aos kurcudilos do Nilo.
10 milhões de Portugueses ficavam felizes !!